Fornecer educação de alta qualidade ao paciente (por exemplo, aconselhamento específico do paciente e informações sobre a condição, capacitando os pacientes a administrar suas próprias expectativas) é considerado essencial por clínicos e pesquisadores e pode ser uma possível solução para melhorar os resultados a longo prazo da dor femoropatelar.1
Nesta página, você encontrará algumas informações e orientações para educar os pacientes com dor femoropatelar.
A educação é considerada um componente vital no tratamento da dor femoropatelar por especialistas, apesar da ausência de pesquisas que avaliem diretamente sua eficácia.1 Recentemente, uma revisão sistemática2 investigou o efeito de intervenções educativas (combinadas com outros tratamentos ou de forma isolada) em pessoas com dor femoropatelar. Os autores encontraram que a educação fornecida por profissionais de saúde de forma isolada produziu resultados semelhantes para melhora da dor e função em comparação com exercício associado a educação fornecida por profissionais de saúde para pessoas com dor femoropatelar, em 3 e 6 meses após a intervenção.
Esses achados destacam a importância da educação no tratamento da dor femoropatelar. Porém, quais estratégias podem ser utilizadas para educar o paciente?
Os objetivos da educação devem incluir o gerenciamento das expectativas do paciente, gerenciamento da carga, controle do peso quando apropriado, garantindo o autogerenciamento, ensinando a importância da adesão à terapia com exercícios e implementando estratégias para lidar com o medo do movimento. Clique nos tópicos abaixo para mais detalhes:
A cinesiofobia (medo do movimento) pode estar presente em pacientes com dor femoropatelar. No entanto, a intervenção mais recomendada para a dor femoropatelar é o exercício; tratamentos passivos provavelmente não ajudarão.
É relativamente comum que pacientes com dor femoropatelar tenham medo de alguns movimentos (por exemplo, correr, pular e andar em escadas). Entretanto, existe evidência de que a diminuição do medo de movimento está relacionada à redução no nível de dor no joelho.6 Portanto, é altamente recomendado que os pacientes continuem fazendo todas as atividades diárias junto com o programa de exercícios.
Se eles não estão tão confiantes em subir escadas no momento, você pode achar o infográfico a seguir útil para educar os pacientes.
A presença de crepitação no joelho é uma queixa / preocupação comum7 de pacientes com dor femoropatelar.7 Não sabemos exatamente o que causa o barulho nos joelhos. Porém, dados recentes mostram que pacientes com dor femoropatelar que apresentam crepitação de joelho têm níveis semelhantes de dor, função, medo de movimento e força do joelho em comparação com aqueles que não têm crepitação. Em outras palavras, se um paciente tem dor femoropatelar e crepitação, isso não significa que sua condição seja pior do que aquele que tem dor femoropatelar e não tem crepitação do joelho.
Além disso, um estudo anterior investigou 250 joelhos assintomáticos (joelhos sem dor) e descobriu que 99% das pessoas tinham crepitação nos joelhos.
O folheto educacional publicado, intitulado ‘Gerenciando minha dor femoropatelar’8 é uma ótima ferramenta de educação forte e fornece uma visualização geral para orientar os pacientes no retorno aos exercícios. Clique nos links abaixo para ter acesso ao folheto que possui traduções em diferentes línguas (espanhol, dinamarquês, sueco, inglês, italiano).
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Referências
- Willy et al. 2019. Patellofemoral Pain Clinical Practice Guidelines Linked to the International Classification of Functioning, Disability and Health From the Academy of Orthopaedic Physical Therapy of the American Physical Therapy Association.
- De Oliveira Silva et al. 2020. Patient Education for Patellofemoral Pain: A Systematic Review.
- Van Tigglen 2009. Delayed vastus medialis obliquus to vastus lateralis onset timing contributes to the development of patellofemoral pain in previously healthy men: a prospective study.
- Thijs 2008. Gait-related intrinsic risk factors for patellofemoral pain in novice recreational runners.
- Willy 2017. Innovations and pitfalls in the use of wearable devices in the prevention and rehabilitation of running related injuries.
- Domenech 2014. Changes in catastrophizing and kinesiophobia are predictive of changes in disability and painafter treatment in patients with anterior knee pain.
- Robertson 2017. People’s beliefs about the meaning of crepitus in patellofemoral pain and the impact of these beliefs on their behaviour: A qualitative study.
- Barton 2016. ‘Managing My Patellofemoral Pain’: the creation of an education leaflet for patients.