Análise do padrão de movimento

Pessoas com dor femoropatelar comumente apresentam alteração no padrão de movimento durante as atividades funcionais.1 Além disso, o maior número de alterações no padrão de movimento está associado a maior nível de dor autorreportada e a menor capacidade funcional.2

Portanto, é recomendado que os fisioterapeutas avaliem cuidadosamente o padrão de movimento ao longo de toda a cadeia cinética durante diferentes atividades funcionais, principalmente aquelas que exacerbam os sintomas do paciente, pois as alterações biomecânicos identificadas podem indicar uma condição mais grave e podem ajudar a orientar um plano de tratamento específico para o indivíduo.

Testes de desempenho funcional que simulam atividades diárias têm sido propostos para facilitar essa análise. Nesta página, você encontrará algumas alternativas para avaliar o padrão de movimento do paciente com dor femoropatelar no ambiente clínico.

A identificação de padrões de movimento alterados de um paciente com dor femoropatelar pode ajudar o fisioterapeuta na escolha da reabilitação apropriada, que pode incluir, por exemplo, o retreinamento do movimento. Atualmente, o “padrão ouro” analisar padrões de movimento é por meio da análise de movimento tridimensional (3D). No entanto, o custo e a experiência necessários para obter dados precisos e confiáveis ​​com a análise de movimento 3D a tornam menos viável para uso no ambiente clínico. As possíveis alternativas para análise dos padrões de movimento em ambiente clínico incluem a análise de movimento bidimensional (2D), usando uma câmera de vídeo, e/ou a observação visual.

Algumas dicas práticas para melhorar a análise de vídeo ou observação visual são:

1. Posicione a câmera de maneira estática (por exemplo, com o auxílio de um tripé), sempre na mesma altura e distância da pessoa a ser avaliada.

2. Se possível, coloque pelo menos uma câmera na frente e outra na lateral do paciente, pois pessoas com dor femoropatelar podem ter dificuldades de movimento em ambos os planos (frontal e sagital).1

3. A colocação de marcadores em pontos de referência anatômicos específicos, como o centro da patela, EIAS, maléolo lateral, pode ajudar a identificar padrões de movimento alterados.

O teste de descida de degrau é um teste funcional confiável3 que simula, em ambiente clínico, a atividade de descer escadas. A atividade de descida de escadas gera aumento na carga no joelho em diferentes ângulos de flexão, bem como exige o controle muscular dinâmico. Para sua realização, os participantes devem ficar em pé, em uma plataforma ou degrau, e dar um passo à frente para tocar com o calcanhar da perna não testada no solo na frente do degrau, enquanto mantêm a perna testada no degrau, antes de retornar à posição inicial.

Veja o vídeo abaixo para obter mais detalhes sobre como realizar e pontuar o teste de descida de degrau.4

O teste de agachamento unipodal é um teste clínico frequentemente usado na avaliação do paciente para determinar a função muscular do quadril.5

Como realizar o teste

O paciente deve cruzar os braços sobre o tronco e agachar o máximo possível por 5 vezes consecutivas, de forma lenta e controlada, mantendo o equilíbrio, a uma taxa de aproximadamente 1 agachamento a cada 2 segundos. As cinco tentativas de agachamento unipodal devem ser capturadas por meio de uma câmera de vídeo, a qual deve ser posicionada a aproximadamente 3 metros à frente do paciente em um tripé na altura da pelve do paciente.

Como pontuar o teste

Existem cinco critérios principais a serem avaliados durante o teste de agachamento unipodal:

A) Impressão geral nas cinco tentativas

– Capacidade de manter o equilíbrio

– Perturbações da pessoa

– Profundidade do agachamento

– Velocidade do agachamento

B) Postura do tronco

– Desvio lateral do tronco

– Rotação do tronco

– Flexão lateral do tronco

– Flexão anterior do tronco

C) A pelve ‘‘no espaço’’

– Desvio lateral da pelve

– Rotação da pelve

– Inclinação da pelve (observe a profundidade do agachamento)

D) Articulação do quadril

Adução de quadril

– Rotação interna do quadril

E) Articulação do joelho

– Joelho valgo aparente

– Posição do joelho em relação à posição do pé

Pontuação final no teste:

– Para ser considerado bom, o paciente precisa cumprir todos os requisitos de 4 de 5 critérios para todos as 5 repetições.

– O desempenho é considerado ruim se o paciente não atender a todos os requisitos de pelo menos 1 critério para todos as repetições.

– Os pacientes que não podem ser classificados como bons ou ruins devem ser classificados como regulares.

Assista ao vídeo abaixo com o Dr. Neal Glaviano, respondendo às perguntas mais comuns sobre este assunto [EM BREVE]:


Agora que você já revisou tudo sobre a avaliação clínica do padrão de movimento de pessoas com dor femoropatelar, teste seus conhecimentos respondendo ao questionário abaixo.